Prometer riqueza rápida ao criar cursos online virou hábito na internet, mas é preciso pisar no freio. Essa ilusão vende bem, claro, sempre embalada por frases prontas e supostos “resultados em sete dias”. Só que construir um curso online de verdade não segue roteiro mágico, tampouco se resume a fórmulas e scripts copiados.
Estudo, método, paciência: esses são os verdadeiros segredos.
Quando falamos em estratégias para lançar um curso digital, o caminho mais seguro é seguir o que grandes referências já apontaram. Michel Porter, por exemplo, defendia que entender o cenário da concorrência é indispensável para enxergar nosso próprio produto e descobrir onde estão nossas reais vantagens. Em vez de procurar atalhos, o melhor é olhar para o lado e estudar. Isso vale ainda mais num setor aquecido como o EAD, onde segundo dados oficiais, o crescimento dos cursos a distância desde 2011 já ultrapassou 474%.
Por que evitar promessas irreais no mundo do EAD?
Não faltam motivos. Toda semana aparecem histórias sedutoras: alguém que teria lucrado alto com pouco esforço, só por “seguir a fórmula certa”. O que essas narrativas escondem é o bastidor. Existe cálculo, investimento, análise, tentativa e erro. Só que isso raramente fica visível nos bastidores de vídeos editados ou posts cheios de gatilhos emocionais.
E aí vem o mais delicado: a comparação com outros mercados, que também oferecem “milagres rápidos”. O segmento educacional, porém, tem características próprias. Trabalhar com pessoas, ensinar de verdade e se comprometer com resultados exige outro tipo de maturidade.
Ninguém constrói uma escola da noite para o dia.
É por isso que a abordagem científica faz tanta diferença aqui. Analisar dados do mercado, entender tendências, observar concorrentes de perto e, principalmente, pensar o produto sem fantasias são requisitos. O contrário disso pode até gerar “lançamentos” momentâneos, mas dificilmente resulta em um negócio sustentável.
O valor da análise da concorrência
Quando Porter fala sobre enxergar a concorrência como referência, não se trata de copiar o vizinho. O que ele propõe é algo mais profundo: ao observar o que o outro faz, conseguimos nos localizar no mercado, identificar brechas, melhorar o que já existe e, finalmente, encontrar nosso diferencial.
No mundo dos cursos online, isso começa antes mesmo da primeira aula ser gravada. O que está sendo oferecido por aí? Quais formatos? Quem são os professores? Como as marcas se comunicam? Reunir essas perguntas, e buscar as respostas, é o início do processo.
- Identifique o tipo de objeto educacional: são videoaulas? PDFs? Podcasts?
- Qual o porte da produção: tem vários professores? É só um apresentador?
- O material é autoral ou depende de nomes conhecidos?
- Como a marca se posiciona nas redes sociais?
- Há suporte rápido para o aluno ou tudo se limita a vídeo gravado?
Analisar tudo isso não garante ideias prontas, é verdade. Mas protege contra decisões impulsivas, que custam caro.
Olhando cada detalhe do concorrente
A observação detalhada dos objetos educacionais oferecidos por outros cursos revela muito mais que o simples conteúdo. Veja só: se um curso oferece várias videoaulas, e cada aula tem um professor convidado, prepare-se para uma produção complexa e cara.
O caso de Whindersson Nunes é emblemático. Ele lançou um curso online com vários influenciadores, humoristas e especialistas. Isso gerou barulho nas redes, claro. Mas pense um pouco: quantas pessoas realmente foram envolvidas? Quantos contratos, direitos de imagem, gravações, edições? Tudo isso representa custo.
Quanto mais pessoas participam, mais caro fica, simples assim.
- Quantos professores aparecem?
- O orçamento cobre direitos de todos?
- Há cenas externas, diversos cenários? Quantas câmeras são usadas?
- Existe universidade ou empresa por trás?
- Os materiais de apoio (PDFs, planilhas, quizzes) são autorais?
Não é raro encontrar cursos que investem pesado em produção, apostando em cenário, fotografia, recursos tecnológicos avançados, e colhem resultados. Mas também há casos de sucesso baseados em carisma, qualidade do conteúdo ou simplicidade. Ou seja, não existe fórmula. O que existe é a obrigação de entender de onde vem o sucesso do concorrente: investimento ou diferencial?
O orçamento dos concorrentes: desvende para não errar o seu
Uma forma prática de aprender com o mercado é montar um checklist da infraestrutura usada nos cursos que têm destaque. Se a produção exige múltiplas câmeras, atores profissionais, roteiristas, edição avançada e uma equipe grande, certamente isso impacta o preço final.
Já vi quem se surpreendesse ao descobrir que um vídeo de aula aparentemente simples envolve, nos bastidores:
- Diretor de fotografia
- Áudio profissional
- Editor de vídeo
- Roteirista
- Animador de motion graphics
- Maquiador
- Assistentes de produção
Muitas vezes, o sucesso de um curso se deve ao carisma do apresentador ou ao timming do tema, mas, sem infraestrutura, o potencial cai. E aí vem uma dúvida legítima: preciso de tudo isso para começar? A resposta nunca é definitiva; vai depender de sua análise do próprio público, do que o concorrente entrega e de quanto do orçamento você pode investir.

Estratégias de marketing da concorrência: por que prestar atenção?
É comum olhar apenas para o conteúdo didático de outros cursos e esquecer o que talvez seja o principal fator de venda: o marketing. Quais canais essas marcas usam? Focam no Instagram, TikTok, e-mail marketing, YouTube, ou preferem lives exclusivas e posts patrocinados? Sabem mesmo como se comunicar com os alunos, ou só seguem tendências?
Há um detalhe importante: só compensa trabalhar com os canais que realmente conhecemos. De que adianta apostar no TikTok se você nunca publicou um vídeo viral? Ou tentar criar conteúdo para o LinkedIn sem entender de networking?
O grande risco está em entrar em todas as redes, e acabar não dominando nenhuma.
É preciso também avaliar: há equipe na retaguarda para responder dúvidas? Um curso que viraliza pode receber centenas ou milhares de mensagens. Sem planejamento, o que era oportunidade vira caos.
O curso de Whindersson Nunes circulou em amplas redes. O resultado foi imediato: muita repercussão, comentários, perguntas e… polêmicas. Nem tudo saiu como esperado, o que é natural em grandes lançamentos. Isso serve de alerta para quem observa de fora: exposição rápida exige preparo para o melhor e para o pior.

O certificado: realidades do bastidor e o que diz o mercado
Aqui está uma verdade que talvez nem todos contem: para muitos alunos, o que realmente importa é o certificado. O curso pode ser excelente, mas a comprovação no currículo faz toda a diferença, especialmente em áreas de educação formal e mercado de trabalho.
Durante o desenvolvimento de plataformas EAD para universidades, vivi de perto essa experiência. Em um dos projetos, para uma universidade do Rio, a UGF, as inscrições explodiram quando a campanha destacou a validade do certificado. Não era o conteúdo em si que atraía, mas o reconhecimento formal.
Outro episódio marcante: o curso de compliance oferecido por uma multinacional. Quem concluía, ganhava certificado chancelado por grandes nomes. Sem surpresa, o número de inscritos era recorde. E quando a certificação estava indisponível, as inscrições despencavam.
O certificado é, para muitos, a passagem de entrada no mercado.
Veja que, segundo pesquisas nacionais, 83% dos trabalhadores preferem cursos curtos e certificados ao buscar desenvolvimento profissional. Isso orienta toda a campanha de lançamento.
Em plataformas como a Mestres EAD, emitir certificados automáticos e validados já faz parte do pacote, facilitando a vida do produtor e aumentando a atratividade do curso.
Marketing no EAD: logística, segmentação e domínio do produto
Um dos grandes trunfos de cursos online está na logística e na facilidade de entrega. Não é necessário reservar salas, deslocar professores ou esperar o fim de semana para realizar turmas presenciais. Tudo é mais rápido, ampliando o potencial de matrícula.
O maior desafio, porém, é outro: delimitar com precisão o público-alvo e comunicar-se apenas por canais que são de domínio do produtor. A tentação de delegar tudo para agências externas é grande, mas traz riscos. Já acompanhei diversos lançamentos naufragarem por campanhas desencontradas, segmentação ruim e linguagem sem alma, tudo terceirizado.

O dono do negócio precisa ser o capitão da estratégia.
Só quem acompanha o dia a dia do público sabe exatamente como comunicar o valor do curso, responder dúvidas, melhorar ofertas e adaptar a linguagem ao contexto de cada canal.
Segmentar públicos, enviar mensagens sob medida, definir persona. Tudo isso faz parte do marketing online, mas só funciona quando há domínio do próprio produto. Indicar cursos sem conhecer o aluno sempre leva a erros.
O foco deve ser:
- Identificar qual canal rende melhor;
- Produzir conteúdo relevante, testando formatos novos;
- Responder rápido, inclusive críticas, para mostrar atenção;
- Fazer pequenas campanhas e ajustes antes de grandes lançamentos.
Vale olhar, também, a experiência de anos recentes, em que o crescimento do EAD foi puxado justamente por estratégias focadas em facilidade e rapidez. O potencial para acertar é alto, mas não existe espaço para amadorismo na comunicação.
A Mestres EAD oferece tutoriais e artigos para quem deseja aperfeiçoar sua estratégia, como pode-se ver na seção de tutoriais para cursos e no blog com dicas práticas de lançamento.
Como escolher e usar a plataforma EAD
A escolha da plataforma é mais do que detalhe técnico: ela define como você vai vender, receber, organizar professores e distribuir o conteúdo.
Vou listar alguns recursos que merecem atenção especial:
- Opções de pagamento dividido para cursos com vários professores (split de pagamento);
- Sistema de transmissão ao vivo integrado, para aulas síncronas;
- Controle intuitivo do progresso do aluno e emissão automática de certificados;
- Suporte a combos de cursos, promoções e cupons de desconto;
- Área de afiliados, para quem quer ampliar as vendas com parcerias;
- Proteção forte contra pirataria e vazamento de conteúdo.
Essas integrações automatizam o trabalho, permitem escalar vendas e ajudam a entregar uma experiência mais profissional ao aluno.

Ao longo dos mais de dez anos da Mestres EAD, percebemos que as plataformas mais flexíveis e integradas são, naturalmente, as que atraem tanto escolas quanto grandes empresas e infoprodutores. E não é só pelo volume de recursos, mas pela possibilidade de atender a diferentes necessidades sem exigir adaptações manualmente.
Para aprofundar, vale consultar materiais completos sobre criação de cursos e ideias para quem está começando.
Estratégias para atrair, filtrar e engajar o público
Chegamos à parte que costuma separar os bons cursos dos cursos esquecidos: a tática para atrair e segmentar o público realmente interessado. O velho bordão “quem fala com todo mundo, não fala com ninguém” é mais real aqui do que se imagina. O caminho:
- Atração por isca digital: Ofereça conteúdos gratuitos de valor, como eBooks, planilhas, miniaulas. A intenção é conquistar o contato do interessado em troca desse material.
- Captura do lead: Ao receber o contato, crie uma página organizada (landing page) mostrando rapidamente os benefícios iniciais do seu conteúdo.
- Filtro do público: Entregue conteúdos mais densos aos leads já interessados, quem não continuar engajado provavelmente não comprará no futuro.
- Segmentação de listas: Separe a base em grupos: quem já baixou um material, quem visitou a página do curso, quem se inscreveu na aula gratuita.
- Conteúdo sob medida: Entregue materiais, emails e chamadas específicas para cada grupo. Personalização converte mais do que “tiro para todos os lados”.
Esse processo exige ferramentas, tempo e teste. Diferentes formatos (vídeo, texto, áudio, quiz) funcionam para públicos diferentes. O segredo é testar, mensurar e, de tempos em tempos, inovar no formato.
Nem sempre o que funcionou ontem funcionará amanhã. O próprio Youtube, há alguns anos, era dominado por vídeos longos e explicativos. Hoje, conteúdos curtos, com roteiros ágeis e edição rápida ganham mais espaço. Instagram, antes focado apenas em fotos, virou referência em vídeos curtos e carrosséis didáticos. Twitter (atual X) se mantém como espaço para repercussão instantânea, participação em tendências e discussões rápidas.

O marketing digital, inclusive, já faz diferença até em campanhas políticas e na oferta de cursos de referência. Quem entende o público de verdade e se mantém atualizado, tem maiores chances de atrair e reter o interesse.
Quando o público compra? O momento certo da venda
É um erro achar que, após captar o contato, o público está pronto para comprar. Avançar para a venda exige timing. Quando o engajamento está alto, a venda é quase consequência.
No YouTube, por exemplo, vídeos chamativos e gratuitos criam relacionamento. Depois, uma oferta pontual é feita, e a conversão acontece por confiança e pela força da autoridade criada. No Instagram, o visual importa ainda mais: imagens caprichadas, vídeos com corte rápido e legendas precisas fazem diferença.
Já acompanhei lançamentos em que o próprio público cobrava o início das vendas. Isso acontece porque o relacionamento funcionou. O difícil é criar, e manter, esse engajamento.
Quando o público confia e está engajado, a venda acontece de forma natural.
Para verificar esses processos na prática, a Mestres EAD mantém uma seção sobre cursos online onde apresenta cases e estratégias detalhadas de lançamento.
Cuidando da escolha da melhor data de lançamento
Muita gente subestima esse momento. Mas a escolha equivocada da data já fez grandes projetos afundarem. É preciso evitar períodos de férias, feriados prolongados, festas populares, Copa do Mundo, eleições, ou qualquer evento que concentre a atenção pública.
O exemplo que marcou: em 2020, durante a pandemia, diversos filmes e grandes lançamentos foram adiados. Por quê? Não havia clima propício. O público estava preocupado com outras prioridades. O mesmo vale para cursos, se o futuro aluno não vê necessidade, o resultado será apatia.
A dica: estude o calendário, observe o comportamento do seu público e, antes de bater o martelo sobre a data, pergunte-se:
- O público está pronto?
- Há interesse real naquele momento específico?
- Existem outros acontecimentos competindo pela atenção?
No EAD, o timing vale ouro. Mais do que criar urgência artificial, entenda o contexto do aluno.

Reflexões finais: mais ciência, menos fantasia
Desenvolver um curso online que conquiste alunos e gere vendas consistentes parte, sobretudo, do princípio da honestidade: não existe atalho que substitua estudo e preparação. Cada etapa, da análise do que a concorrência oferece, passando pelo cuidado com o certificado, até a escolha de uma plataforma integrada, tem impacto direto nos resultados.
E, para coroar a trajetória, a experiência mostra que a venda nunca é desconectada do relacionamento. Os melhores cursos online, hoje, são aqueles que conseguem construir uma ponte sólida entre o conteúdo que entregam e a necessidade real do seu público.
A Mestres EAD se posiciona como parceira desse processo, oferecendo recursos para criar, gerenciar e vender cursos online de forma transparente, personalizada e segura. O convite final? Se você quer transformar sua experiência com educação a distância e ainda não testou a plataforma, comece agora seu teste grátis de 7 dias e tire suas ideias do papel.
Perguntas frequentes sobre o lançamento de cursos online
Como criar meu curso online do zero?
Comece pela definição clara do tema e da proposta de valor. Pesquise o mercado, veja o que concorrentes já oferecem e foque nas necessidades reais do seu público. Estruture o conteúdo em módulos, produza vídeos e materiais complementares e escolha uma boa plataforma EAD para hospedar, vender e emitir certificados. Para aprofundar todas as etapas, consulte os guias com dicas práticas e explore os tutoriais disponíveis na Mestres EAD.
Vale a pena lançar curso online hoje?
Sim, o setor EAD está em forte expansão. Dados do Censo da Educação Superior mostram crescimento de mais de 474% em matrículas EaD na última década. A demanda por cursos certificados e de curta duração só cresce, principalmente entre profissionais em busca de atualização. O fundamental é lançar um curso bem planejado, com público-alvo definido, canais de divulgação sólidos e certificação de valor.
Quanto custa fazer um curso online?
O custo varia bastante, dependendo da qualidade da produção, quantidade de professores e infraestrutura necessária. É possível começar com equipamentos básicos, se o conteúdo for relevante, mas produções maiores (com cenários, múltiplos professores, edição profissional) terão custos mais altos. Avalie o que faz sentido para seu público, observando os orçamentos de cursos semelhantes, e comece com o que é viável no momento. Para entender diferentes níveis de investimento, consulte conteúdos sobre criação de cursos online.
Onde divulgar meu curso online?
Priorize as redes sociais que você já usa com domínio: Instagram, YouTube, Facebook ou LinkedIn, dependendo de onde seu público está. Use estratégias como produção de conteúdo gratuito, participação em grupos e listas segmentadas de e-mail. O fundamental é criar relacionamento antes da venda. Mais dicas de divulgação de cursos estão disponíveis na categoria cursos online do blog Mestres EAD.
Quais plataformas usar para vender cursos?
O ideal é buscar plataformas seguras, com emissão automática de certificados, recursos de pagamento online, sistema para combos de cursos e suporte humanizado. Avalie também a facilidade de criar promoções, dividir pagamentos entre professores e integrar transmissões ao vivo. A Mestres EAD oferece todos esses recursos, com teste grátis de 7 dias para experimentar na prática. Veja ainda recomendações sobre plataformas no blog da Mestres EAD e nos tutoriais especializados.