Professor utilizando inteligência artificial no computador para criar questões de matemática com gráficos e fórmulas na tela

A tecnologia está mudando radicalmente a educação. Em poucos anos, passamos de quadros brancos para plataformas completas de educação a distância, como a Maestrus, que conectam professores, alunos e ferramentas digitais de maneira prática e segura. Mas um dos avanços mais notáveis hoje está no uso da inteligência artificial (IA) para automatizar a criação de questões para provas, listas e quizzes. E isso faz toda a diferença na rotina atribulada dos educadores.

O novo papel da inteligência artificial na educação

Na última década, muito se discutiu sobre como tecnologias poderiam aliviar o tempo dos professores, mas poucas inovações efetivamente entregaram resultados. Agora, com a IA generativa, especialmente ferramentas como ChatGPT e Gemini, vimos um salto de produtividade na elaboração de questões e listas de exercícios.

Segundo a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) 2024, 56% dos professores brasileiros utilizam IA para preparar aulas ou buscar formas mais práticas de ensinar, superando a média de países da OCDE. Isso mostra o quanto o profissional da educação nacional já está antenado a essas tendências e, claro, em busca de soluções que economizam tempo e melhoram o cotidiano.

A dor do professor ao criar questões… e como a IA resolve

Quem já teve que montar uma prova inteira sabe: é demorado, exige criatividade, adequação às diretrizes da BNCC, e ainda precisa evitar repetições ou perguntas muito similares. Conseguir variedade, coerência e contextualização sempre foi um desafio para educadores. E, muitas vezes, as horas dedicadas a isso impedem o professor de focar no que realmente importa: o acompanhamento dos alunos.

Quando começamos a usar IA para gerar perguntas sobre conteúdos como frações ou equações de primeiro grau, percebemos que basta uma configuração correta do objetivo e do “prompt” para receber rapidamente sugestões variadas de questões – de múltipla escolha, dissertativas, contextualizadas ou até gamificadas.

O tempo que gastávamos elaborando questões pode ser investido na interação e personalização do ensino.

Além disso, ferramentas como a Maestrus permitem importar e customizar questões facilmente para seus cursos online, reduzindo ainda mais o esforço manual.

Professor usando computador para criar questões com IA

Como organizar o uso da inteligência artificial no seu dia a dia

Uma etapa fundamental para evitar a bagunça digital é manter o histórico de interações organizado. Grande parte dos professores relata dificuldade em encontrar aquela questão que pediu à IA há semanas. Para resolver isso, recomendamos sempre renomear as conversas em ferramentas como ChatGPT, Gemini ou outras soluções generativas de IA. Por exemplo, ao pedir questões sobre frações, basta renomear a conversa para “Frações – Questões 6º ano”. Assim, fica fácil localizar, revisar, complementar ou reaproveitar, mesmo após semanas de uso.

Esse hábito simples impacta diretamente na produtividade, pois retoma rapidamente conversas valiosas e mantém o histórico das interações bem acessível, seja para editar, adaptar ou revisar questões posteriormente.

Como criar um prompt eficiente para geração de questões?

O segredo do sucesso no uso de IA está na clareza dos comandos, chamados de prompts. Quanto melhor estruturado o pedido, mais precisas, relevantes e variadas serão as questões geradas. Em nossa prática, algumas dicas são decisivas:

  • Definir o assunto: Por exemplo, “frações”, “equações do 1º grau”, “interpretação de texto” ou “biomas brasileiros”.
  • Explicitar o tipo de questão: Múltipla escolha, dissertativa, verdadeiro ou falso, contextualizada, etc.
  • Indicar o número de questões: Peça exatamente quantas precisa.
  • Apontar o nível de dificuldade: Fácil, médio, avançado ou por série/ano escolar.
  • Contextualizar de acordo com a BNCC: Inserir indicações de habilidades, competências e objetos de conhecimento associados.
  • Solicitar gabarito/teste: Caso queira respostas automáticas junto das perguntas.

Veja um exemplo prático de prompt:

“Gere 5 questões de múltipla escolha sobre frações para o 6º ano, alinhadas à BNCC, envolvendo problemas do cotidiano. Inclua gabarito.”

Quanto mais direcionado e completo for o prompt, maior a chance de receber sugestões aproveitáveis sem retrabalho.

Alinhamento das questões às diretrizes da BNCC

Na criação das atividades, um fator que sempre prezamos é a garantia de que as questões estejam de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). As competências devem estar junto dos enunciados ou ao menos em sua descrição para que a atividade faça sentido dentro do planejamento institucional.

A IA pode sugerir questões mas, ao ajustar o prompt, detalhamos as habilidades específicas da BNCC que devem ser trabalhadas. Por exemplo, no tema de “frações”, indicamos que aborde a competência de “resolver problemas utilizando operações com números fracionários”. Isso torna as perguntas mais aderentes às expectativas da escola, e prontas para uso imediato em plataformas como a Maestrus.

Criando diferentes tipos de questões com IA

Entre os principais formatos que podem ser sugeridos rapidamente por IA, destacamos:

  • Perguntas de múltipla escolha, ideais para quizzes e simulados.
  • Questões dissertativas para avaliações mais completas.
  • Problemas contextualizados, ligando o conteúdo à realidade do estudante.
  • Questões verdadeiras ou falsas, rápidas para atividades formativas.
  • Perguntas abertas, que estimulam a criatividade e a elaboração de texto.
  • Exercícios de resposta curta, úteis para fixação de conceitos.

Experimentos com IA mostram que, ao variar o formato solicitado, temos um repertório ainda mais amplo para compor avaliações e exercícios personalizados.

É possível, por exemplo, criar uma lista sobre equações do 1º grau, pedir explicações passo a passo nas soluções, e até solicitar problemas do cotidiano para contextualização – como dividir uma conta, calcular descontos ou distribuir tarefas.

Questões diversificadas e de múltiplos contextos

Um dos grandes benefícios trazidos pela IA é a capacidade de apresentar questões sob diferentes perspectivas. Pedir à IA que varie o contexto dos enunciados permite fugir daquele padrão repetitivo de exercícios de livros didáticos tradicionais. Por exemplo:

  • Contextos cotidianos: Situações de supermercado, viagem, alimentação.
  • Aplicações científicas: Problemas envolvendo ecossistemas, energia, fenômenos naturais.
  • Questões históricas ou interdisciplinares: Relacionando matemática, português, história e geografia.
  • Cenários lúdicos: Jogos, esportes e desafios criativos.

Assim, o aluno se vê mais envolvido, vê sentido prático no estudo, e o professor consegue adaptar melhor os exercícios à realidade da turma, gerando engajamento e resultados concretos.

Exemplos de questões escolares com contextos variados

A importância do olhar crítico do professor

Apesar de toda a praticidade que a IA oferece, não podemos esquecer do filtro humano. O olhar crítico do educador é indispensável para avaliar a qualidade e pertinência das questões geradas por IA. Afinal, nem toda questão proposta por uma ferramenta digital se adequa totalmente ao perfil da turma, aos objetivos do curso ou à abordagem pedagógica desejada.

Em nossa experiência, recomendamos ao menos:

  • Ler e validar cada questão antes de aplicar aos alunos.
  • Ajustar linguagem, contexto e grau de dificuldade se necessário.
  • Conferir o gabarito/detalhe da solução.
  • Adaptar exemplos que não estejam próximos à realidade da turma.

Dessa forma, garantimos o melhor dos dois mundos: a velocidade da automação, sem abrir mão da qualidade e personalização que só um educador humano pode garantir.

IA aplicada a metodologias ativas

Muito se fala sobre “aprendizagem ativa”, mas poucos realmente experimentam inserir a IA nesse contexto. A inteligência artificial pode ser uma poderosa aliada em projetos ou trabalhos colaborativos.

Ao propor, por exemplo, uma aprendizagem baseada em projetos, o professor pode solicitar à IA que gere diferentes tipos de atividades relacionadas ao tema do projeto, sugerindo perguntas que englobem investigação, pesquisa, aplicação e reflexão crítica.

  • Geração de roteiros de investigação para grupos.
  • Sugestões de desafios reais para serem resolvidos.
  • Pistas para jogos ou atividades gamificadas.
  • Simulações ou dilemas para discussões em grupo.

Nesse contexto, o aluno se torna protagonista, usa as questões como ponto de partida, e a turma constrói o conhecimento por meio da resolução coletiva, sempre com acompanhamento do professor.

Integrando questões criadas por IA em plataformas EAD

Ao aliar o uso da IA à uma plataforma robusta como a Maestrus, garantimos maior praticidade desde a criação até a disponibilização dos exercícios. Em nosso sistema, professores podem importar quizzes e questões criadas por IA em poucos cliques, aproveitando funcionalidades como aplicação automática, randomização de alternativas e geração instantânea de relatórios de desempenho.

  • No tutorial como importar questões de quiz, mostramos o passo a passo para usar as perguntas sugeridas por IA diretamente em seus cursos.
  • Adicionar um quiz ao curso nunca foi tão simples.
  • E para quem ainda está começando, o tutorial como configurar quiz no Maestrus detalha todos os recursos envolvidos.

Aliada à IA, a plataforma Maestrus fortalece processos, evita desperdício de tempo e oferece relatórios claros e automáticos, auxiliando na tomada de decisão dos responsáveis pelo ensino.

Tela de plataforma EAD mostrando importação de questões

O crescimento do uso de IA entre professores e alunos

Dados recentíssimos da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2025 confirmam que 65% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos usam ferramentas de IA generativa. Desses, 59% recorrem para pesquisas escolares, 21% criam conteúdos (textos e imagens) e 10% dialogam sobre questões pessoais. Entre os jovens de 15 a 17 anos, o uso chega a 68% para estudos e 60% para informações gerais, segundo artigo da Revista Educação. Este cenário demonstra que, hoje, avançar para o uso responsável da IA é questão de adaptação para não perder a relevância em sala de aula.

Em contrapartida, um alerta: dados do Cetic.br indicam que 70% dos estudantes do Ensino Médio já usam IA generativa, porém só 32% recebem orientação em sala de aula sobre como utilizá-la. Daí reforçamos a necessidade do professor assumir o protagonismo do processo, guiando a tecnologia e criando boas práticas pessoais e institucionais.

Exemplo prático: criando questões sobre equações do 1º grau

Ao analisar pedidos dos nossos usuários na Maestrus, percebemos que muitos professores solicitam questões sobre equações do 1º grau. Sugerimos um exemplo de prompt para IA:

“Crie 6 perguntas de múltipla escolha sobre resolução de equações do 1º grau, com situações do cotidiano de adolescentes, focando em interpretação e cálculo. Inclua gabarito e a habilidade correspondente da BNCC.”

O resultado é uma variedade de perguntas que amarram conteúdo matemático ao universo do estudante, com gabaritos organizados e o detalhamento da habilidade, tornando possível importar e aplicar diretamente em um quiz na plataforma.

Ao testar o processo, notamos que o ajuste de algumas alternativas pode ser necessário. O professor deve revisar sugestões, ajustar enunciados e personalizar exemplos para garantir a clareza e adequação à realidade da turma.

Como organizar sua coleção de questões geradas por IA

Com o tempo, o professor pode acumular dezenas (ou centenas) de conversas e questões geradas por IA. Por isso, indicamos alguns cuidados organizacionais:

  • Renomear as conversas para facilitar buscas (por disciplina, série, habilidade, tipo de questão).
  • Armazenar as perguntas validadas em pastas ou planilhas organizadas.
  • Separar as questões por série/tema/dificuldade.
  • Anotar quais já foram utilizadas e quais estão disponíveis para futuras avaliações.

Esses hábitos melhoram o acesso a um banco de questões pessoal, pronto para ser usado conforme a necessidade e ampliado a cada ciclo letivo.

Sua autonomia aumenta com IA

Ao empoderar o professor com ferramentas digitais e IA, notamos maior autonomia para diversificar atividades, personalizar avaliações e experimentar novas abordagens. Discussões recentes em nosso blog sobre IA e formação docente mostram que educadores ganham confiança, testam novas metodologias e compartilham experiências inovadoras.

Experimentar, revisar, adaptar e aplicar: nunca foi tão fácil transitar entre planejamento e execução, e ainda promover mais engajamento com os alunos.

Planejamento de aulas com inteligência artificial

O uso da IA também tem impacto direto no planejamento de aulas, já que além das questões, é possível pedir sugestões de dinâmicas, roteiros, temas para projetos, exemplos contextualizados por faixa etária e indicações de metodologias ativas. Tudo isso, alinhado às bases legais e expectativas da instituição escolar.

Reflexões finais: IA, tempo e inovação no ensino

Ao olharmos para todo esse processo, percebemos que a inteligência artificial não é substituta do professor, mas sim uma extensão de sua criatividade e capacidade de análise. Com ferramentas robustas, como a Maestrus, aliada ao uso de IA, organizamos não apenas o tempo, mas o próprio processo de ensino e aprendizagem.

A tecnologia digital, quando bem direcionada, economiza tempo, promove inovação e abre espaço para o que há de mais humano na educação: o olhar, o diálogo e a inspiração.

Agora é o momento de experimentar e enxergar como a inteligência artificial pode simplificar sua rotina, diversificar suas aulas e engajar ainda mais seus alunos. Conheça a Maestrus, teste grátis por sete dias e descubra como transformar sua experiência no ensino a distância, com IA ao seu lado.

Perguntas frequentes sobre uso de inteligência artificial na criação de questões

O que é inteligência artificial para criar questões?

A inteligência artificial para criar questões é o uso de algoritmos que geram automaticamente perguntas conforme um comando, tema ou objetivo pedagógico definido pelo educador. Essas ferramentas analisam grandes conjuntos de dados, entendem padrões de linguagem e constroem enunciados variados, alinhados ao direcionamento solicitado.

Como usar IA para criar perguntas facilmente?

Para usar IA na criação de perguntas, basta definir um bom prompt, informando tema, objetivo, tipo de questão, skill/habilidade desejada e quantidade. Recomenda-se também organizar as conversas por assunto e revisar o material gerado antes de aplicar, garantindo aderência ao planejamento escolar.

Quais são as melhores ferramentas de IA?

Existem diversas ferramentas de IA generativa utilizadas na educação, como ChatGPT e Gemini. Mas o diferencial está em saber articular o uso dessas ferramentas junto a plataformas de ensino, como a Maestrus, que oferecem integração, automação e segurança no processo de ensino e aprendizagem.

Vale a pena usar IA para criar questões?

Vale, sim, pois a IA otimiza o tempo do professor, amplia o repertório de exercícios e permite mais personalização nas avaliações. Porém, é sempre importante validar o material, ajustar detalhes e garantir que as questões estejam alinhadas ao perfil dos estudantes e objetivos da aprendizagem.

Como garantir a qualidade das questões geradas?

A qualidade se mantém ao revisar cuidadosamente cada questão, ajustar linguagem e contexto, cruzar o conteúdo com a BNCC e sempre testar as perguntas antes de aplicar para os alunos. Assim, a IA se torna uma grande aliada, mas o toque final é sempre humano.

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