Estudantes usando computadores e celulares para pesquisa com inteligência artificial em sala de aula moderna

No Brasil, a inteligência artificial já está na mão da maioria dos jovens estudantes. Vemos isso nos corredores das escolas, nas conversas entre amigos e, principalmente, nos bastidores das pesquisas escolares feitas nos celulares e computadores. Na Maestrus, acompanhamos de perto a chegada dessas tecnologias e, analisando os dados da pesquisa TIC Educação 2024, percebemos que o avanço é inegável, mas também cheio de nuances e desafios.

A inteligência artificial entrou na rotina da sala de aula.

Neste artigo, convidamos você a enxergar com nossa lente: um olhar de quem trabalha todos os dias para melhorar a experiência da educação a distância e presencial, usando tecnologia como aliada. Os próximos parágrafos te trarão dados, reflexões e caminhos sobre IA nas escolas brasileiras em 2024.

IA generativa: 7 em cada 10 alunos do ensino médio já usam

Quando olhamos para o ensino médio, uma tendência salta aos olhos: aproximadamente 70% dos estudantes já usam ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, para pesquisas escolares, segundo dados da TIC Educação 2024.

Estudantes de ensino médio reunidos ao redor de mesa usando notebooks com aplicativos de IA abertos

Nos anos finais do ensino fundamental, a média de uso dessa tecnologia gira em torno de 37%, enquanto nos anos iniciais do fundamental chega a 39%. Esses percentuais mostram uma “corrida” silenciosa dos jovens em busca de respostas automatizadas, e é fácil entender o fascínio, pois a promessa de rapidez e praticidade seduz especialmente quem nasce já conectado.

Só que uma estatística chama a atenção ainda mais: apenas 32% dos alunos do ensino médio e 19% do ensino fundamental receberam qualquer orientação sobre como utilizar essas novas tecnologias no cotidiano escolar. Isso nos faz refletir, aqui na Maestrus, o quanto a chegada da IA foi rápida, mas a preparação do ambiente escolar e das famílias ainda caminha devagar.

Riscos e perdas: quando respostas prontas substituem o pensamento

A presença da IA generativa na rotina dos estudantes pode ser animadora, mas, como não cansamos de repetir em reuniões pedagógicas, há pontos preocupantes. Daniela Costa, coordenadora ouvida pela pesquisa, alerta para desafios que já sentimos na prática: o risco de os alunos se tornarem dependentes de respostas prontas; a possível perda de competências como analisar, sintetizar e comparar dados; além da pouca prática em checar a veracidade do que encontram.

Pensar é trabalho manual. Não se delega ao robô, ensinamos pelo exemplo.

No fundo, o uso intenso de respostas automáticas pode fazer com que habilidades importantes, como o pensamento crítico e a capacidade de pesquisa independente, fiquem de lado.

De buscadores a vídeos: as novas rotas de pesquisa escolar

As ferramentas de busca tradicionais ganham concorrentes à altura. O Google e o Bing ainda são favoritos de 74% dos estudantes, segundo a TIC Educação 2024. Mas agora 72% dos alunos recorrem a plataformas e aplicativos de vídeo, YouTube, TikTok e similares, como principal fonte para pesquisas de trabalho escolar. Esse novo hábito parece inofensivo, mas tem efeitos secundários: vídeos são pensados para agradar, reforçam preferências e formam bolhas de conteúdo.

Jovem pesquisando trabalhos escolares em aplicativo de vídeo no celular dentro de sala de aula

No nosso blog, dedicamos diversas discussões ao uso da tecnologia no dia a dia escolar porque sentimos que esse é um divisor de águas: quando a curadoria do que se consome é feita apenas pelo algoritmo, o senso crítico pode ser amortecido, e o contato com conteúdos divergentes diminui.

Se por um lado acesso e praticidade aumentaram, por outro, os riscos de desinformação também subiram. Se antes a biblioteca escolar era o caminho até uma resposta, hoje basta um clique no vídeo certo, sugerido pelo algoritmo, para muitos alunos tomarem como verdade “tendências” passageiras ou informações mal checadas.

Da ausência de mediação ao desafio da orientação ética

A pesquisa mostra o que muitos professores já sentem na pele: a ausência de mediação efetiva, tanto nos lares quanto nas escolas. Crianças e adolescentes, cada vez mais jovens, acessam IA e conteúdos digitais sem o acompanhamento necessário para entender quem produziu aquela informação, seus interesses e limites.

Sem mediação, o aluno navega perdido em mares de dados.

Especialistas reforçam a urgência de uma educação ética e crítica sobre algoritmos, plataformas e sistemas digitais. Precisamos, como sociedade, discutir e mostrar para nossos estudantes:

  • Quem produz e compartilha o conteúdo que aparece na internet.
  • Por que certos vídeos, respostas ou notícias aparecem primeiro.
  • Como identificar fontes confiáveis e evitar armadilhas digitais.
  • Quais os objetivos das plataformas e sistemas utilizados diariamente.

Essa orientação não cabe só ao professor, mas a toda a rede: escola, família e iniciativas como a da Maestrus, que aposta em recursos customizáveis para criar ambientes digitais mais seguros e formativos.

O celular na escola: proibir ou limitar?

Entre 2022 e 2024, a proporção de alunos acessando a internet pelo próprio celular na escola caiu de 55% para 45%, enquanto as escolas que proíbem o uso total desses aparelhos subiram de 28% para 39%. Por sua vez, as que permitem em horários ou espaços específicos caíram de 64% para 56%, como detalhou o Porvir ao analisar o TIC Educação 2024.

Placa sinalizando proibição de celular em corredor de escola com alunos ao fundo

Nossa experiência mostra que o debate sobre proibir ou limitar é delicado: muitos educadores defendem regras claras, outros dizem que o caminho é orientar o uso consciente. O fato é que a realidade mudou: para muitos estudantes, o celular já é ferramenta de estudo, mas também de distração. Um equilíbrio talvez seja possível, mas requer diálogo constante.

Formação de professores: entre avanços e obstáculos

Os dados mostram um aspecto interessante da vida escolar brasileira: 54% dos professores participaram de algum curso de formação continuada para o uso de tecnologia nos últimos 12 meses. No entanto, nas redes municipais houve uma queda preocupante: 62% em 2021 para apenas 43% em 2024.

Professor assistindo a aula online sobre tecnologia educacional em notebook na sala de aula

Aqui na Maestrus, mapeamos os temas mais procurados entre esses professores e notamos um padrão claro. Os interesses focam diretamente no que mais impacta a sala de aula:

  • Criação de materiais didáticos (82%)
  • Adaptação para ritmos variados de aprendizagem (79%)
  • Uso seguro das tecnologias (69%)
  • Educação midiática e uso crítico das mídias (68%)
  • Uso da IA em atividades educacionais (59%)

Esses dados ajudam a desenhar o tipo de formação que faz diferença e como plataformas como a nossa atuam para apoiar as escolas na preparação dos seus educadores para o contexto digital.

Buscamos, em nosso blog de inteligência artificial para professores, levar informações práticas sobre aplicações do digital na rotina de ensino. A sensação é de que, aos poucos, professores superam velhas barreiras tecnológicas, mas encontram novas dificuldades, como a falta de recursos digitais adequados, relatada por 47% deles como um dos maiores desafios para inserir tecnologia nas aulas.

Falta de recursos digitais: um entrave persistente

O avanço da conectividade nas escolas é notável, mas a escassez de recursos educacionais digitais ainda trava o avanço pedagógico. De acordo com a TIC Educação 2024, 47% dos professores destacam a ausência de dispositivos, plataformas e softwares adequados como impeditivo para usar tecnologia em seu dia a dia. Entre as escolas municipais, apenas 51% contam com computadores para fins educacionais, nas estaduais, esse desafio é um pouco menor, mas ainda existe.

Esse cenário impacta diretamente quem deseja aplicar projetos inovadores de ensino e explorar possibilidades de aulas digitais. Se há conexão, mas faltam aparelhos, o caminho fica incompleto. Muitos professores e gestores nos procuram justamente porque sentem essa lacuna e buscam soluções práticas para criar um ambiente digital acessível, seguro e eficiente.

Conectividade: quase universal, mas com usos desiguais

Um dos maiores avanços de 2024 foi na conectividade escolar: 96% das escolas do Brasil contam com acesso à internet, segundo os dados do NIC.br. Nas escolas municipais, esse índice saltou de 71% em 2020 para 94% em 2024; nas zonas rurais, de 52% para 89%.

Sala de aula moderna em escola rural conectada à internet com alunos usando computadores

Na prática, 88% das escolas conectadas já têm internet liberada nas salas de aula, facilitando o acesso instantâneo a conteúdos e plataformas como a educação a distância, mas nem tudo é uniforme: o uso pedagógico dessas tecnologias tem enorme variação.

Acesso desigual entre redes de ensino

Enquanto nas escolas estaduais 67% dos alunos usam internet em atividades propostas por professores, nas municipais esse índice despenca para 27%. Esse abismo se amplia ainda mais quando olhamos para a disponibilidade de computadores e tablets.

No fundo, ter internet não garante integração plena de tecnologia no ensino. O desafio real é tornar o acesso significativo no dia a dia escolar.

A inserção dos temas digitais no currículo: mais exceção que regra

Outro achado forte da pesquisa TIC Educação 2024 está na abordagem dos temas digitais no currículo escolar: 89% dos coordenadores dizem promover discussões sobre temas como cyberbullying, privacidade e uso de IA, mas apenas 30% falam que esses temas entram nas conversas quando há dúvidas dos estudantes. Outros 49% discutem as questões no máximo uma ou duas vezes ao ano, ou seja, raramente de forma sistemática.

Isso confirma o que ouvimos em rodas de conversa com gestores: essas pautas, apesar de reconhecidas como urgentes, ainda não são tratadas como parte fixa dos conteúdos escolares. Ficam restritas a projetos pontuais, palestras ou respostas a episódios críticos, como algum caso de exposição digital ou cyberbullying.

Educação digital precisa de rotina, não só de resposta à crise.

O papel do professor: mediação ativa em tempos de IA

Segundo a Agência Brasil, professores brasileiros usam IA em ritmo superior ao dos países da OCDE: são 56% que preparam aulas ou buscam métodos de ensino com ferramentas baseadas em IA, contra uma média internacional de 36%.

Professor orientando grupo de alunos sobre uso crítico de tecnologia na sala de aula

A disposição desses educadores é animadora para projetos de planejamento de aulas com IA. Na nossa percepção, o professor agora assume papel ainda mais central: é ele quem pode transformar o robô em aliado da aprendizagem, não em mero atalho para respostas fáceis.

Só que, para isso acontecer em larga escala, o suporte precisa evoluir. Incluindo desde a oferta de ferramentas EAD modernas, até formação continuada, ambiente de diálogo interdisciplinar e políticas claras sobre o uso ético e seguro de novas tecnologias.

Padrões, hábitos e bolhas: quando a personalização vira armadilha

Uma mudança silenciosa avança entre os alunos brasileiros: a migração do texto para o vídeo, dos buscadores para os influenciadores digitais, e da pesquisa tradicional para a consulta a respostas rápidas promovidas por IA. Por trás dessa transformação, existe um efeito colateral: a personalização algorítmica pode reforçar bolhas, limitando o alcance do estudante a ideias parecidas com as que já consome.

É fundamental, portanto, lembrar que:

  • O algoritmo tenta agradar, mas nem sempre informa.
  • O que é popular nem sempre é correto.
  • Um vídeo viral pode conter erros sérios, reforçando desinformação.
  • A formação do pensamento crítico exige diversidade de fontes.

Nossa visão, aqui na Maestrus, é defender o uso consciente das tendências digitais, promovendo sempre espaços onde o estudante questione, compare versões e investigue mais fundo, indo além do que o algoritmo mostra primeiro. Mas também sabemos: romper o ciclo das bolhas exige esforço permanente e intencional.

Panorama geral: tendências estruturais e desafios para o futuro

Reunindo os dados, percebemos um cenário heterogêneo, com saltos de inovação ao lado de barreiras conhecidas:

  • O uso de IA cresce rapidamente entre estudantes, mas orientação e formação ainda ficam para trás.
  • A conectividade é quase onipresente, porém com acesso desigual a equipamentos e boas práticas.
  • Professores buscam por atualização, sobretudo nos temas de IA, produção de materiais didáticos e adaptação para diferentes ritmos de aprendizagem.
  • O currículo escolar trata de temas digitais mais por reação do que por rotina.
  • Faltam recursos didáticos digitais em quase metade das escolas e salas de aula.
  • A prática da mediação ética com algoritmos, plataformas e IA é incipiente dentro e fora das escolas.
Mapa do Brasil ilustrando desigualdade de acesso à tecnologia nas escolas

A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2025 reforça o quanto o uso cresce com a idade: 68% dos adolescentes de 15 a 17 anos já usam IA generativa para estudar, enquanto entre 9 e 10 anos são 37%. Os números resumem tanto oportunidades quanto fragilidades.

Perspectiva Maestrus: tecnologia para educar, não para automatizar

Ao atuar no coração das práticas digitais, defendemos que a inteligência artificial não é vilã nem solução mágica. Ela é ferramenta. O que importa é como, por quem e com que objetivo é usada. Nossa missão é promover ambientes educacionais online com segurança, foco no aprendizado e uma experiência personalizada, sem abrir mão da autonomia do estudante nem da autoridade do professor.

Tecnologia empodera, mas só quem educa é a comunidade.

Em vez de temer a IA, sugerimos que ela seja analisada, discutida e integrada ao ensino. Estamos certos de que um projeto pedagógico que alia tecnologia e consciência crítica prepara estudantes para o futuro, sem abrir mão do presente. Isso pede diálogo, atualização constante e, sobretudo, vontade de experimentar o novo sem abandonar o essencial: aprender a pensar.

Se sua escola, empresa, equipe ou projeto educacional busca orientação, recursos de segurança e personalização digital para formação, convidamos você a conhecer a Maestrus. Nossa plataforma foi criada para transformar a experiência de ensino, com ênfase em práticas seguras, integração de IA, aulas ao vivo e ferramentas de progresso. Teste grátis por 7 dias e faça parte do grupo que acredita que é possível crescer com ética e pensamento crítico também no universo digital.

Conclusão

O cenário de inteligência artificial nas escolas brasileiras é excitante e desafiador. Vemos cada vez mais estudantes e professores mergulhando nessas tecnologias, mas também notamos que a corrida dos dados está à frente da orientação ética e pedagógica. Acreditamos que só existe transformação real quando há mediação ativa, formação permanente e integração verdadeira entre tecnologia e currículo. O futuro é híbrido, digital e presencial, e a Maestrus está pronta para caminhar ao lado de quem quer educar com consciência e segurança.

Que tal experimentar na prática como a nossa plataforma pode apoiar sua escola ou projeto? Descubra mais sobre as possibilidades de planejamento digital e IA na educação visitando nossos conteúdos e experimentando a Maestrus hoje mesmo!

Perguntas frequentes sobre inteligência artificial nas escolas

O que é inteligência artificial nas escolas?

Inteligência artificial nas escolas é o uso de sistemas computacionais capazes de simular processos de aprendizagem humana, como análise, síntese e busca de informações, para auxiliar estudantes, professores e gestores nas atividades educacionais. Ela pode aparecer em aplicativos, plataformas de ensino online, robôs de correção automática, geração de textos e até recomendação de conteúdos personalizados. O foco é apoiar o processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais eficiente, personalizado e próximo às necessidades dos alunos.

Quais os benefícios da IA na educação?

Os principais benefícios estão em personalizar o ensino, facilitar a busca por informações, automatizar tarefas repetitivas dos professores e ampliar o acesso a conteúdos digitais diversos. A IA pode ainda identificar dificuldades de aprendizagem mais rapidamente, sugerir trilhas de estudo específicas para cada estudante e apoiar avaliações diagnósticas, tornando o processo educativo mais justo.

Como a IA está sendo usada em escolas?

Atualmente, a IA é usada por estudantes para fazer pesquisas escolares, praticar exercícios, criar redações, corrigir textos, produzir conteúdos multimídia e até buscar orientação sobre dúvidas acadêmicas. Já professores utilizam plataformas com IA para planejar aulas, sugerir intervenções pedagógicas, conhecer o progresso dos alunos e produzir materiais didáticos. Gestores, por sua vez, usam relatórios gerados por IA para acompanhar o rendimento das turmas. Ferramentas mais populares incluem chats automatizados, sistemas de recomendação de vídeos e plataformas de organização de atividades escolares.

Quais os principais desafios da IA escolar?

Entre os maiores desafios, destacam-se a falta de orientação pedagógica sobre uso da IA, o risco de reforço de respostas prontas (com perda do pensamento crítico), as bolhas de conteúdo criadas pelos algoritmos, além da desigualdade de acesso a recursos digitais entre redes e regiões. Também é problema a ausência de debates sistemáticos sobre ética digital, privacidade e segurança, tanto na escola quanto em casa. A integração verdadeira da IA ao currículo só acontece com mediação constante e atualização dos educadores para lidar com as novidades tecnológicas.

Onde encontrar dados sobre IA nas escolas?

Os dados mais confiáveis sobre o uso de IA e tecnologias digitais em escolas brasileiras estão em pesquisas como a TIC Educação 2024, relatórios do Porvir, análises do NIC.br e da TIC Kids Online Brasil. No blog da Maestrus, atualizamos periodicamente conteúdos sobre tecnologia e inovação educacional com foco em práticas seguras nas escolas.

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